uma esquina por onde passavam várias pessoas, um garotinho vendia balas
a fim de conseguir alguns trocados. Mas o frio estava intenso e as
pessoas já não paravam mais quando ele as chamava.
Sem conseguir vender mais nenhuma bala, ele sentou na escada em frente a
uma loja e ficou observando o movimento das pessoas.
Sem que ele percebesse, um policial se aproximou.
Está perdido, filho?"
O garoto meneou a cabeça."Só estou pensando onde vou passar a noite
hoje... normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio,
mas hoje o frio está terrível... O senhor sabe me dizer se há algum
lugar onde eu possa passar esta noite?"
O policial mirou-o por uns instantes e coçou a cabeça, pensativo.
"Se você descer por esta rua", disse ele apontando o polegar na direção
de uma rua, à esquerda,"lá embaixo vai encontrar um casarão branco;
chegando lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga 'João 3:16'.
Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao
casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta.
Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa.
- "João 3:16", disse ele, sem entender direito.
- "Entre, meu filho". A voz era meiga e agradável.
Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma
cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha aceso.
- "Sente-se, filho, e espere um instantinho, tá?"
O garoto se sentou e, enquanto observava a velha e bondosa mulher se
afastar, pensou consigo mesmo:
"João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que aquece a
um garoto com frio".
Pouco tempo depois a mulher voltou.
- "Você está com fome?", perguntou ela.
- "Estou um pouquinho, sim... há dois dias não como nada e meu estômago
já começa a roncar..." A mulher então o levou até a sala de jantar, onde
havia uma mesa repleta de comida. Rapidamente o garoto sentou-se à mesa
e começou a comer; comeu de tudo, até não agüentar
mais.
Então ele pensou consigo mesmo:
- "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que mata a
fome de um garoto faminto".
Depois a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava
um quartinho com uma banheira cheia de água quente. O garoto só esperou
que a mulher se afastasse e então rapidamente se despiu e tomou um belo
banho, como há muito tempo não fazia.
Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo:
- "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna
limpo um garoto que há muito tempo estava sujo.
Cerca de meia hora depois a velha e bondosa mulher voltou e levou o
garoto até um quarto onde havia uma cama de madeira,antiga,mas grande e
confortável. Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo
na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou
imóvel, observando a garoa que caía do outro lado do vidro da janela.
E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo:
- "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que dá
repouso a um garoto cansado".
No outro dia, de manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa
e o convidou para o café da manhã.
Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até a cadeira de balanço,
próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um
livro grande, de capa escura.
Era uma Bíblia.Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próximo ao
garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira doce e amigável.
- "Você entende João 3:16, filho?"
- "Não, senhora... eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi
ontem à noite... um policial que falou...".
Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3:16 e começou a
explicar sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, o
garoto entregou o coração e a vida a Jesus.
E enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e rolavam face à
baixo, ele pensou consigo mesmo:
- "João 3:16... ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas
agora sei que isso faz um garoto perdido se sentir realmente seguro".
Eu tenho de confessar uma coisa, eu também não entendo como Deus pôde
mandar Seu Filho para morrer por nós e também não entendo como Jesus
concordou com tal coisa.
Eu não compreendo a agonia do Pai e de todos os anjos no Céu enquanto
viam Jesus sofrer e morrer por nós.
Eu não entendo esse imenso amor que Jesus teve por nós, ao ponto de ser
crucificado na cruz. Eu não entendo muito bem, mas estou certo que isso
faz a vida valer a pena!!!
Pois Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu único Filho para que
todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).
Deus não mandou Jesus para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo.
Aquele que crer em Jesus não será condenado, mas terá a vida eterna!
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